terça-feira, 31 de março de 2009

1º Ciclo em Faro – O que mudou nos últimos 3 anos?

O que mudou em Faro nos últimos três anos? Na realidade não sei, julgo que nem eu nem ninguém, mas como só este ano é que a minha filha atingiu a idade para ir pela primeira vez para a escola, tento saber qual é a mudança real da situação de Faro.

O que posso dizer é que actualmente as coisas não me parecem estar bem!

Como muitas das pessoas neste Concelho, no País ou mesmo no Mundo, tenho de trabalhar e cumprir um horário comum das 9h às 18h. Apesar deste horário ser mais uma regra no ritmo de vida de qualquer família, não me parece que as escolas estejam adaptadas ao “mais” comum dos horários, nem me parece que tenham intenção de o fazer… pelo contrário somos nós pais que nos temos de adaptar aos horários da escola.

A título de exemplo na zona onde resido, a escola não tem um horário alargado, mas mesmo que o tivesse como acontece na Escola do Bom João também não seria assim tão vantajoso, uma vez que não tenho disponibilidade no meu trabalho de sair às 17h.30m para ir buscar a criança, tal como essas escolas o exigem, sem ponderação pela vida profissional de cada um de nós pais.

A solução encontrada para resolver o nosso “problema” passou por colocar a minha filha num dos ATL`s no período da manhã, com todos os custos acrescidos que isso me acarreta, como mais uma mensalidade e respectivo transporte do ATL para a Escola, a acumular a todas as contas cá de casa.

Em relação ao ensino de Inglês do 1º ciclo, uma das medidas amplamente anunciadas pelo governo de José Sócrates, e pelo Sr. Presidente de Câmara, Dr. José Apolinário, como uma medida positiva, parece-me ter sido uma decisão que não passou de mera propaganda política.

Pelo menos em Faro, o ensino do Inglês tem um carácter diminuto no 1.º ciclo, uma vez que não faz parte do currículo. É apenas considerada como uma actividade de enriquecimento curricular, que é frequentada pelo aluno baseada apenas na vontade de um pai. No meu caso foi impossível, mesmo com vontade que a minha filha o frequenta-se, não consegui um horário compatível com o ATL.

Outro dos aspectos que considero mau é, que dada a localização da escola, não tenham sido planeados espaços para estacionamento dos carros dos pais nem mesmo para as viaturas dos ATL´s. As escolas não têm culpa da sua má localização, mas a mitigação dos problemas envolventes é da responsabilidade do tutelar desta, que quer por medidas de Prevenção ou de Intervenção têm por obrigação resolver problemas como este, pois não são os pais ou os motoristas do ATL que devem de ter uma dupla atenção ao levar os seus filhos à escola.

Acredito também que como automobilista é um transtorno para nós, deslocarmo-nos na azáfama da cidade num infernal “pára arranca” para que as crianças entram e saiam dos carros. Na realidade as escolas e as creches nesta Cidade parecem estar localizadas a “dedo” em estradas movimentadas de acesso a pontos importantes da cidade, como piores exemplos destacam-se sem dúvida a Escola de São Luís, a Escola do Carmo e a Escola da Penha.

Se a maioria dos aspectos que anteriormente salientei fazem parte de uma má política a nível nacional, não tenho duvida que uma boa gestão local os poderia mitigar. Seria de todo o interesse que o executivo da autarquia garantisse:
- Maior condescendência nos horários da escola para que fosse possível ir buscar as crianças pelo menos até às 18h30;
- Melhores transportes escolares;
-Melhor localização das escolas futuras em vias de fácil acesso e com espaço para estacionamento dos carros dos pais;
-Melhores condicionantes das envolventes das escolas actuais.
Teresa Silva

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