Este é o centro da nossa Cidade num Domingo à tarde ... ruas vazias com espaços fechados... e os baloiços parados sem crianças a brincarem.
Enfim uma cidade fantasma!
Desde há alguns anos a esta parte que estamos habituados a este cenário desolador.
Até se poderia pensar que os Farenses se tornaram mais recatados e preferem passar o Domingo no aconchego do lar. Mas quando vamos ao Fórum ou até ao Parque das Cidades, apercebemo-nos que afinal a falta de vida é só no Centro da Capital.
A falta de animação, de espaços de convívio e de lojas âncora... fizeram com que Faro perdesse a atracção que tinha no passado.
É uma verdade que durante a semana estas ruas ganham outra vida, sobretudo graças aos funcionários da Banca, da função pública, e de outros serviços que funcionam na zona. Mas, longe vão os tempos em que de todo o Algarve vinham pessoas para comprar no comércio de Faro.
Vivi noutra cidade a 40 Km de Faro, até aos 17 anos, e ainda me recordo que era ao comércio de Faro que vinha com os meus pais comprar a "roupinha para ir aos casamentos".
Hoje o comércio de Faro, em especial a Baixa, perdeu toda a atracção que tinha no Algarve.
Com a abertura dos novos espaços de lazer e de comercio em Portimão, Albufeira, Loulé, Olhão e Tavira arriscamo-nos a que sejam os Farenses a saírem para comprar e ocupar os tempos livres nestas cidades, que apesar de mais pequenas, começam a ter mais vida que esta moribunda Capital de Distrito.
No inicio desta semana foi anunciado pelo executivo Farense que "a pedido da autarquia" vai começar a construção de um centro comercial Dolce Vita na zona do Vale da Amoreira.
Mas, e a Baixa de Faro? Que soluções? Isso parece ter caído no esquecimento.
Será que a construção de um novo centro comercial sem uma solução viável para a Baixa não vai contribuir para uma maior desertificação daquelas ruas que em tempos foram uma referência para todos os Algarvios?
Qual é a mais valia deste centro comercial para "Afirmar esta cidade" no contexto regional e atrair visitantes?
O que é que o diferencia de todos os outros que estão a abrir por todo o Algarve?
Estas são algumas das questões que se colocam, e que deveriam ter sido ponderadas pela Autarquia Farense. Mas, isso implicava que esta gestão trabalhasse com base numa estratégia de desenvolvimento para o Concelho de Faro, e isso é algo que sabemos que não existe.
Só nos resta a esperança de que o próximo Presidente de Câmara traga uma estratégia para Faro, um Farol, ... um rumo.
ALS
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