Finalmente abriu ao público a Pousada de Estoi.
Durante pelo menos um século o Palácio de Estoi foi a vergonha de todos os Farenses, um mau exemplo da conservação do património deste Concelho.
Felizmente esta situação foi ultrapassada com o investimento da Enatur que vem pôr cobro ao estado de degradação do monumento e às pilhagens constantes do património nacional. Este processo, que recorde-se foi negociado há pelo menos uma década, será agora inaugurado daqui a uns meses pelo executivo do Dr. Apolinário com toda a pompa e anunciado como sendo obra sua, como aliás já acontece nos outdoors espalhados pelo Concelho.
Na verdade é uma vergonha que seja Apolinário a inaugurar este investimento, uma vez que a parte que lhe compete continua toda por fazer.
Quem visita Estoi e passeia pela envolvente ao Palácio fica com a ideia de que não se está a capitalizar devidamente o investimento da Enatur em prol da Aldeia de Estoi. Se a Pousada pode trazer algum alento, quem visita Estoi percebe que muito ainda tem de ser feito … piso das ruas em mau estado, passeios com ervas daninhas, um galinheiro junto à Pousada, lixo nos passeios … são apenas alguns dos maus exemplos que podem ser encontrados e que não combinam com a beleza da reabilização que foi feita e com o tipo de turismo que se pretende atrair para esta Aldeia.
Em 2003 foi editado pela CCDR (Comissão de Coordenação da Região do Algarve), penso que em colaboração com a autarquia da altura, um plano de intervenção em que era proposto a criação de um tema âncora para o desenvolvimento de Estoi: "Estoi a Aldeia dos Almocreves", e identificados um conjunto de investimentos, fruto de uma reflexão com os actores locais. Dos investimentos propostos no documento pouco mais foi feito do que a recuperação de chafarizes e a colocação de mobiliário urbano em alguns pontos da Aldeia, tudo graças ao esforço da Junta de Freguesia Local (pelo menos a avaliar pelo que consta nas placas de obra). Se Estoi tem condições para oferecer um turismo complementar ao sol e praia é necessário que a Câmara Municipal colabore, se preocupe, lhe dê uma imagem cuidada e dinamize os serviços turísticos que podem ser oferecidos.
Já no documento publicado em 2003 era referido “O turismo é uma actividade que atrai bastantes visitantes a Estoi, nomeadamente para visitas às ruínas de Milreu e ao Palácio e seus jardins. Contudo, devido à falta de outros atractivos e principalmente à débil oferta da restauração e das lojas, os visitantes não permanecem na aldeia para além do tempo necessário para a visita àqueles monumentos”.
Passados estes anos parece que pouco mudou!
A poucos dias da emblemática Festa da Pinha, “cortejo de cavaleiros e carros de tracção animal, que procura recriar a tradição histórica dos almocreves que consistia no pagamento do empréstimo contraído anualmente junto do morgado do Ludo”. Parece-me que as potencialidades desta Aldeia para efeitos de dinamização turística ganham maior pertinência … Quando é que vamos ter alguém à frente dos destinos da autarquia Farense capaz de dar a esta festa uma projecção semelhante à festa “El Rocio” na vizinha Andaluzia.
Mas, dinamizar actividades complementares exige mobilização e trabalho, e capacidade de trabalho já sabemos que não é um forte do executivo PS que está à frente da Câmara Municipal de Faro.
ALS
Durante pelo menos um século o Palácio de Estoi foi a vergonha de todos os Farenses, um mau exemplo da conservação do património deste Concelho.
Felizmente esta situação foi ultrapassada com o investimento da Enatur que vem pôr cobro ao estado de degradação do monumento e às pilhagens constantes do património nacional. Este processo, que recorde-se foi negociado há pelo menos uma década, será agora inaugurado daqui a uns meses pelo executivo do Dr. Apolinário com toda a pompa e anunciado como sendo obra sua, como aliás já acontece nos outdoors espalhados pelo Concelho.
Na verdade é uma vergonha que seja Apolinário a inaugurar este investimento, uma vez que a parte que lhe compete continua toda por fazer.
Quem visita Estoi e passeia pela envolvente ao Palácio fica com a ideia de que não se está a capitalizar devidamente o investimento da Enatur em prol da Aldeia de Estoi. Se a Pousada pode trazer algum alento, quem visita Estoi percebe que muito ainda tem de ser feito … piso das ruas em mau estado, passeios com ervas daninhas, um galinheiro junto à Pousada, lixo nos passeios … são apenas alguns dos maus exemplos que podem ser encontrados e que não combinam com a beleza da reabilização que foi feita e com o tipo de turismo que se pretende atrair para esta Aldeia.
Em 2003 foi editado pela CCDR (Comissão de Coordenação da Região do Algarve), penso que em colaboração com a autarquia da altura, um plano de intervenção em que era proposto a criação de um tema âncora para o desenvolvimento de Estoi: "Estoi a Aldeia dos Almocreves", e identificados um conjunto de investimentos, fruto de uma reflexão com os actores locais. Dos investimentos propostos no documento pouco mais foi feito do que a recuperação de chafarizes e a colocação de mobiliário urbano em alguns pontos da Aldeia, tudo graças ao esforço da Junta de Freguesia Local (pelo menos a avaliar pelo que consta nas placas de obra). Se Estoi tem condições para oferecer um turismo complementar ao sol e praia é necessário que a Câmara Municipal colabore, se preocupe, lhe dê uma imagem cuidada e dinamize os serviços turísticos que podem ser oferecidos.
Já no documento publicado em 2003 era referido “O turismo é uma actividade que atrai bastantes visitantes a Estoi, nomeadamente para visitas às ruínas de Milreu e ao Palácio e seus jardins. Contudo, devido à falta de outros atractivos e principalmente à débil oferta da restauração e das lojas, os visitantes não permanecem na aldeia para além do tempo necessário para a visita àqueles monumentos”.
Passados estes anos parece que pouco mudou!
A poucos dias da emblemática Festa da Pinha, “cortejo de cavaleiros e carros de tracção animal, que procura recriar a tradição histórica dos almocreves que consistia no pagamento do empréstimo contraído anualmente junto do morgado do Ludo”. Parece-me que as potencialidades desta Aldeia para efeitos de dinamização turística ganham maior pertinência … Quando é que vamos ter alguém à frente dos destinos da autarquia Farense capaz de dar a esta festa uma projecção semelhante à festa “El Rocio” na vizinha Andaluzia.
Mas, dinamizar actividades complementares exige mobilização e trabalho, e capacidade de trabalho já sabemos que não é um forte do executivo PS que está à frente da Câmara Municipal de Faro.
ALS
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